Nossa pele passa por diversas alterações ao longo dos anos, e cada faixa etária requer cuidados diferentes
A pele é um importante órgão do corpo humano: além de revesti-lo, ela também tem funções metabólicas, imunológicas e sensoriais. E, assim como o restante do organismo, passa por estágios de desenvolvimento e degeneração. Embora cada pessoa tenha um tipo de pele e uma carga genética diferentes, existem características cutâneas comuns a cada faixa etária.
Confira esta breve explicação sobre as fases do desenvolvimento da pele. Em todas, a proteção solar, a hidratação e o acompanhamento com dermatologista são fundamentais para manter a saúde da pele e, consequentemente, do organismo como um todo.
Infância – A pele do bebê recém-nascido é de 40% a 60% mais fina que a de um adulto e, por isso, perde mais calor e mais água; também é menos ácida e mais suscetível a infecções. Com o passar do tempo, a pele infantil vai se fortalecendo: desenvolve sua microbiota (micro-organismos essenciais ao bom funcionamento de nosso organismo), reforça seu sistema imunológico e desenvolve suas glândulas sebáceas. Nesta fase, os principais cuidados são relacionados à prevenção de infecções e à proteção solar.
Adolescência – As alterações hormonais influenciam as glândulas sebáceas (que produzem óleo) e os folículos pilosos (cavidades onde nascem os pelos). Assim, a principal característica da pele nesta fase é uma maior oleosidade, com dilatação dos poros e, muitas vezes, acne. Higiene da pele, controle da oleosidade e atenção à alimentação balanceada são essenciais.
Dos 20 aos 30 anos – Por volta dos 20 anos de idade, a pele está madura: suas funções imunes estão completamente desenvolvidas e sua estrutura é firme. A partir dos 25 anos, pequenas linhas de expressão começam a surgir. Assim, já nessa idade é recomendado iniciar a prevenção do envelhecimento cutâneo.
Dos 30 aos 40 anos – A produção de colágeno e elastina começa a diminuir, as células tornam-se gradualmente mais suscetíveis aos radicais livres e as glândulas sebáceas passam a produzir menos sebo. O resultado desse processo costuma ser o ressecamento da pele e, em muitos casos, o aumento de linhas de expressão e o surgimento das primeiras rugas. Além dos cuidados já indicados na década anterior, produtos com antioxidantes ajudam a evitar o envelhecimento precoce da pele. O estímulo à produção de colágeno também pode ser indicado, o que é feito com produtos locais, lasers e outros procedimentos realizados pelo dermatologista.
Dos 40 aos 50 anos – Nessa faixa etária, o corpo da mulher passa por grandes transformações devido às alterações hormonais da menopausa. Com a pele não é diferente: ela perde firmeza, fica mais ressecada, ganha mais linhas e manchas. Homens também percebem mudanças na pele, que fica mais opaca e áspera, com manchas e linhas marcadas de expressão. Para combater esses sinais e manter a saúde da pele, existem tratamentos tópicos, orais (nutracêuticos, por exemplo) e procedimentos tecnológicos (entre eles, tratamentos com laser, preenchimento, aplicação de toxina botulínica, etc.).
A partir dos 60 anos – A espessura e a elasticidade da pele ficam cada vez menores; a absorção de nutrientes é reduzida, assim como a produção de sebo; e a irrigação pelos vasos sanguíneos fica comprometida. Com isso, a pele fica mais sujeita a lesões e manchas, risco que pode ser agravado pelo aparecimento de outras doenças que influenciam a saúde cutânea (como o diabetes e doenças cardiovasculares). A hidratação se faz ainda mais necessária, assim como o acompanhamento e a prevenção de manchas e do câncer de pele. Existem procedimentos dermatológicos muito eficazes no tratamento das rugas, manchas e flacidez da pele, e até mesmo para a melhora do tônus da mucosa vaginal, com redução da incontinência urinária e melhora da atividade sexual.