Causas e tratamentos para a queda de cabelo
Sem dúvida, o mês de março é o mês da queda de cabelo no consultório dermatológico! Brincadeiras à parte, é uma época em que notamos um aumento nas queixas de queda de cabelo.
Isso pode ser uma consequência do estresse do final e início de ano ou alguma questão sazonal, mas a queda acontece e precisa ser investigada.
Vale lembrar que, normalmente, perdemos cerca de 100 fios de cabelo todos os dias. A grande questão é quando notamos uma quantidade maior de fios pela casa ou mesmo a diminuição do volume, o couro cabeludo mais aparente.
Existe uma infinidade de causas para a queda de cabelo:
- estresse;
- alopécia;
- excesso de vitaminas A e B;
- falta de vitamina D;
- deficiência de ferro;
- alterações hormonais;
- uso de alguns medicamentos;
- quimioterapia;
- fungos no couro cabeludo;
- anemia;
- hipotireoidismo;
- doenças autoimunes;
- gestação;
- pós-parto;
- amamentação;
- menopausa;
- andropausa;
- pós-cirurgias;
- uso de produtos químicos nos cabelos;
- entre outras.
Queda de cabelo e covid-19
Além disso, pessoas que tiveram covid-19 costumam apresentar queda de cabelo alguns meses depois da infecção, principalmente nos casos mais graves.
Não existe ainda uma resposta definitiva para isso. Pode ser em decorrência do estresse e da ansiedade ou mesmo pela febre que a doença acarreta. Também existem estudos que indicam que essa queda pode estar relacionada com o aumento de citocinas pró-inflamatórias devido à infecção.
Eflúvio telógeno
Existem dois tipos de eflúvio telógeno: agudo e crônico.
Primeiramente, o eflúvio telógeno agudo é associado a algum evento que aconteceu três meses antes do início da queda, alterando o ciclo natural do cabelo e levando mais fios à fase de queda.
Aliás, esse é o tipo de queda geralmente vista no pós-parto, depois de infecções agudas, dietas muito restritivas, doenças metabólicas, entre outros.
Já no eflúvio telógeno crônico há ciclos de aumento dos fios na fase de queda, de forma cíclica, uma ou duas vezes por ano ou a cada dois anos. Isso varia de pessoa para pessoa e vai tornando o cabelo mais volumoso na base e menos no comprimento.
Esse tipo de queda está associada a doenças autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto.
Calvície
Acima de tudo, é importante lembrar que nem toda queda de cabelo é sinal de calvície, seja em homens ou mulheres. Sim, as mulheres também podem apresentar calvície, mas de uma forma diferente daquela vista nos homens.
Entre as mulheres ocorre uma rarefação dos fios no topo da cabeça, o que significa que os cabelos não caem visivelmente, mas ocorre um afinamento gradual do folículo por todo o couro cabeludo e não apenas no topo da cabeça, como nos homens.
Também há a alopecia frontal fibrosante, uma doença que causa a queda de fios de cabelo na linha de implantação capilar, acima da testa, e também das sobrancelhas. Essa queda é irreversível, pois agride as células-tronco dos cabelos, por isso o diagnóstico precoce é importante.
Como tratar a queda de cabelo?
Como existem diferentes causas para a queda de cabelo, também temos diferentes formas de tratar o problema. Porém, para indicar o tratamento, é preciso saber qual é a causa.
Assim, podemos utilizar medicamentos, suplementar vitaminas e minerais e também lançar mão de tratamentos locais, como o microagulhamento, drug delivery e laser.
Então, se você está sofrendo com a queda de cabelo, agende uma consulta e vamos investigar e tratar o problema.