O que a empresária Luiza Brunet, a modelo canadense Winnie Harlow e o ator Igor Angelkorte têm em comum? Sim, se você disse vitiligo acertou em cheio! A doença que acomete cerca de 2% da população mundial causa progressiva despigmentação da pele. As manchas claras ou brancas aparecem em várias regiões do corpo. Apesar de não doerem, nem coçarem e também não manifestarem nenhum sintoma, seus efeitos mais sérios estão relacionados ao convívio social e a autoestima. E saiba que pode surgir em pessoas de qualquer etnia e idade, porém o seu pico de incidência ocorre durante a segunda e terceira décadas de vida.
Hereditário x imunológico x emocional
Mas quais são as suas causas? Ainda não estão bem esclarecidas. Antes de mais nada, é preciso destacar que a doença não é contagiosa. Os fatores genéticos estão no topo, já que 20 a 30% dos pacientes com vitiligo têm história familiar positiva para a doença. Atualmente acredita-se que a enfermidade tenha uma origem autoimune onde o sistema imunológico do organismo ataca as células pigmentadas da pele, os melanócitos, gerando o aparecimento de manchas. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença. As lesões surgem isoladas ou espalhadas pelo corpo, atingem principalmente os genitais, cotovelos, joelhos, face, extremidades dos membros inferiores e superiores (mãos e pés).
Diagnóstico
Só o dermatologista pode apontar se você tem a doença. É preciso examinar as lesões e realizar exames laboratoriais para determinar se o paciente é mesmo portador de vitiligo e se existem outras doenças associadas. Lembre-se que algumas manchas brancas podem ser provocadas pelo sol ou por micoses e não constituem lesões de vitiligo.
Tratamento
O tratamento do vitiligo é individualizado, e os resultados podem variar consideravelmente entre um paciente e outro. Por isso, somente um profissional qualificado pode indicar a melhor opção. Envolvem aplicações de pomadas à base de corticoides e loções, fototerapia (exposição ao sol com uso de substâncias fotossensibilizantes), camuflagem (maquiagem corretiva ou tatuagem das manchas) e despigmentação com substâncias que clareiam as áreas de pele sã, (indicado quando a área corpórea acometida for superior à 50%).