#DezembroLaranja. Já começou a campanha nacional de conscientização sobre o câncer de pele, o tipo de câncer mais comum no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o País registra cerca de 176 mil novos casos de câncer de pele por ano, sendo que o mais comum é o não melanoma, que corresponde a 30% de todos os tumores malignos.
A proteção contra a radiação solar é a principal forma de diminuir a incidência de câncer de pele, e o diagnóstico precoce é fundamental para reduzir os índices de mortalidade pela doença. Com foco na prevenção, o tema do Dezembro Laranja deste ano é “Se exponha, mas não se queime”. A campanha nacional é realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB), e também inclui mutirão de atendimento que deverá beneficiar 30 mil pessoas em diversos estados.
“A exposição excessiva ao sol é a principal causa de câncer de pele, por isso a fotoproteção é a melhor forma de prevenção da doença”, afirma a doutora Natalia Cymrot, médica dermatologista formada pela Universidade de São Paulo (USP) que atende na Zona Oeste de São Paulo (SP). “Outro ponto importante é que o paciente fique atento a lesões e manchas na pele, que podem ou não ser sintoma de câncer. Somente o médico dermatologista saberá distinguir, por exemplo, uma pinta de uma lesão cancerosa”, completa.
PREVENÇÃO
- Evite expor a pele ao sol, principalmente entre 10h e 16h.
- Utilize diariamente um protetor solar com fator de proteção (FPS) 30 ou mais, mesmo em dias nublados. Lembre-se de reaplicar o filtro solar a cada duas horas, ou após entrar na piscina ou no mar.
- Roupas e acessórios com proteção solar também são eficazes, como chapéus, óculos, bonés e camisetas.
- Pessoas de todas as idades e tons de pele devem se proteger contra a radiação solar.
DIAGNÓSTICO PRECOCE
Existem vários tipos de câncer de pele, e cada um tem características diferentes. Os carcinomas (câncer não melanoma) são os de maior incidência, mas também os de letalidade mais baixa e alta probabilidade de cura. Já o melanoma é menos frequente, porém com maior índice de mortalidade (ainda assim, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, as chances de cura são de mais de 90%, quando o diagnóstico é precoce).
Tanto nos casos de não melanoma quanto de melanoma, a detecção precoce é fundamental. Por isso, é essencial fazer o acompanhamento de rotina com o médico dermatologista. “Na maioria das vezes, o paciente que tem lesões pré-cancerosas ou cancerosas não consegue identificá-las, ou porque se assemelham a pintas, verrugas ou outras lesões, ou porque ficam foram do campo de visão do paciente”, esclarece a doutora Natalia Cymrot.
TRATAMENTOS
Entre os tratamentos para o câncer de pele não melanoma, estão cirurgia tradicional (remoção da lesão) e criocirurgia (congelamento da lesão com nitrogênio). A terapia fotodinâmica também é uma opção para muitos casos. Radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e medicações orais e tópicas também podem ser necessárias. Os planos de tratamento do melanoma podem incluir cirurgia e terapia-alvo oral, eficaz no controle da doença e na melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Em todos os tipos de câncer de pele, o principal fator para o tratamento ser bem-sucedido é o diagnóstico precoce da doença. Quanto mais cedo ela for detectada, maiores serão as chances de cura.
Proteja sua pele diariamente dos raios do sol e consulte o dermatologista periodicamente.